quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Se tem uma coisa minha que eu sei que nunca mudei, foi que sempre falei e depois pensei. Sempre soltei as palavras sem medir e já escutei de diversas vezes que eu deveria selecionar o que falar e dizer só o necessário. Sim aquele necessário que você deve fingir pra não demonstrar seus defeitos, suas fraquezas e principalmente seus medos. Você deve fingir ser o que não é. Isso mesmo! Mas eu nunca soube fazer isso muito bem, e se me sinto mal em algo eu falo, falo e falo, eu encho mesmo o saco. Eu sou chata! Eu sou adoravelmente chata. Porque você vai sentir falta disso um dia. E muitas das mesmas pessoas das quais escutei pra eu mudar e selecionar o que falar, também ouvi diversos pedidos e algumas vezes até mesmo apelos, para eu voltar a ser como era. Críticas me casam demasiadamente, me travam, me limitam, me predem e me obrigam a ser o que eu não sou. E quando me torno o que não sou tudo perde o sentido. Então eu apenas levo, sem aquela emoção, sem aquela paixão, sem a dedicação que é natural de mim. E como não sei viver sem nada disso, uma hora tudo me enche e eu me mando, me saio, te largo e vou embora, procurar ser tudo isso que eu realmente sou de volta. E sabe porque? Porque depois de quase me perder por um amor, eu descobri que eu perco um amor, mas não me perco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário