sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Tomei uma decisão de não te querer mais e não quis.
Não quero e espero não mais querer.

Estranho como meu coração pode virar gelo num piscar de olhos.
Falta de reciprocidade mata qualquer sentimento.
A espera por algo me faz perder totalmente o interesse nesse algo.
:/

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

...quando me quiser me procure,  faça sua parte, demonstre, procure, lute...
...mude os fatos...
...eu tenho andado distraída para não mais me machucar...
...resolvi adormecer também...
...então...
...quando me quiser me acorde...

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sabe qual é a verdade?
A verdade é que estou criando coragem de pedir a Deus para te esquecer.
Quero isso mas ao mesmo tempo não quero e sinto que não posso.
Não sinto que é como desistir de um desejo, sinto que é como desistir de toda uma vida.
Desistir de toda uma história que não lembramos, mas está aí marcada nos ares soltando pedaços sutis de lembranças em formas de sensações dentro do meu peito.
Me sinto envergonhada comigo mesma, perdida em ilusões, perdida em momentos que podem nunca terem acontecido, me sinto com sonhos impossíveis, perdida em infinitas possibilidades.
Me pergunto o que será que te fiz? Ou o quanto será que te magoei para você não guardar nada de mim? Me pergunto o porque me sentir assim? Me pergunto se sempre foi assim entre nós. Pode nunca ter acontecido nada e algo em mim ser tão forte para me levar até você e querer tentar uma vez mais.
Não tenho respostas, estão no passado...
Não tenho explicações, então em outro plano...
Enquanto isso eu vou levando, me acostumando mais uma vez com sentir e não poder viver.

A verdade é que estou criando coragem de pedir aos céus para te esquecer, mas com medo de ser atendida e depois descobrir que eu desisti quando eu estava quase alcançando.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

só queria poder colocar para fora o que sinto
não tem palavras que definam e muito menos explicação que se esclareça

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

...as vezes apenas esperar já é uma forma de lutar por alguém e uma forma de não desistir...

domingo, 24 de novembro de 2013

....sou aquela que no mesmo instante que acorda passa um momento na cama com o ouvido atento para saber se os pássaros estão cantando ou em silêncio...

sábado, 23 de novembro de 2013

talvez tudo que aconteceu e o que vem acontecendo tenha realmente um propósito
talvez grandes conquistas não possam mesmo chegar sem lágrimas, sem dor, sem superação
talvez um dia eu me sente no pico de alguma montanha e perceba o quanto precisei deste processo
eu só queria poder ultrapassar tudo isso sem perder a fé, sem perder a paciência e a paz
já me sinto no meu limite e porém novos acontecimentos sempre me mostram que preciso ir além dele para não explodir
como se consegue ir além do limite sucessivas vezes? estou conseguindo essa proeza a anos
meu maior desafio não é superar tudo é superar tudo sem sentir raiva, inquietação profunda e esse descontrole constante na alma
talvez esse seja meu maior desafio, conseguir não perder a serenidade ou no meu caso tentar recuperá-la

preciso de força e paz para conseguir atravessar esses tempos difíceis
preciso de recompensas ou pagar de vez alguma dívida se esse for o caso
preciso que tudo comece a melhorar e com extrema urgência 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A dois dias eles conversaram a madrugada inteira.
Foram em um passado não muito distante amantes, cúmplices, apaixonados.
Ele a magoou. Ela passou um tempinho para esquecê-lo e deixou de lhe dirigir a palavra. Dois estranhos em um mesmo ambiente. Enquanto ele tentava lhe chamar atenção novamente, se perguntava a todo instante como faria para tentar se reaproximar, ela o olhava quando ele não via e sentia-se mal por ter sido tão inocente, perguntava-se se ele nunca iria lhe pedir perdão.
Já não esperava mais uma aproximação, nem o pedido de desculpas, nem a D.R. que deveria ter acontecido depois daquela briga com grosserias trocadas de ambos os lados, principalmente do dele. Sentia o olhar dele para ela de vez em quando, sequer levantava a cabeça ou olhava em sua direção quando isso acontecia.
Depois de muito tempo nesta situação acostumou-se com o cara invisível, mas que era mais visível do que nunca. O sentimento havia acabado. Quando menos esperou, recebe dele uma mensagem, o pedido de desculpas e uma explicação do quanto se sentia mal por vê-la e sequer poder lhe dar um oi, uma explicação do quanto tentou lhe dizer tudo aquilo pessoalmente mas não encontrou espaço. Ela releu a mensagem várias vezes até acreditar que lia tal palavras. Conversaram. Ele lhe disse o quando ainda gostava dela e deixou claro que faria de tudo que pudesse para reconquistá-la.
Conversavam noites inteiras sem interrupções, perdiam a hora juntos. Amanhecia.
Ele era um sonho, lembrou do quanto a fez feliz nos momentos em que estavam juntos. Mas por pequenas razões eles se estranhavam, ele a estranhava e brigavam pelos motivos mais bobos que poderiam existir. Ela pedir para ele não mais desmarcar um encontro depois dela arrumada, foi motivo para um discussão, ele fez uma confusão a chamando de incompreensiva e tentando fazer ela se sentir mal. Ela não engoliu essa. Primeiro sinal de alerta. Homem que ao invés de pedir desculpas ainda se faz de vítima era o que ela menos queria no momento. Ela conhecia bem o que esse tipo costumava fazer com mulheres trouxas.
Ele parecia querer uma mulher perfeita, que lhe servisse e fizesse todas as suas vontades e ela não era. Ele perecia não aceitar ser contrariado. Ela não era nada perfeita, nunca foi santinha, bebia, se divertia da maneira que bem entendesse, não aceitava servir ninguém e muito menos ver o cara usando seu sentimento para tentar lhe moldar. Já tinha passado por isso no passado. Era um trauma carregado de um relacionamento difícil. Jurou que nunca mais passaria por isso.
Naquele dia em que tudo acontece, combinaram de se encontrar mais cedo na academia para ficarem mais um pouco juntos. Horas depois ele terminou lhe dizendo que ela não lhe servia por sentir ciúmes de uma amiga dele.
Ele não apareceu e depois ela o encontrou conversando carinhosamente com uma garota que ela nem fazia quem ideia de quem fosse. Reclamou. Nem escândalo fez, não era coisa dela. Esperou chegarem em casa e apenas reclamou da atitude dele.
-Você não tem o direito de sentir ciúmes dela. Rafaela é minha melhor amiga.
-Tenho sim, você pede para eu chegar mais cedo, fico te esperando lá e você não aparece, quando vejo está conversando com uma garota que eu não sei nem quem é.
-É minha melhor amiga. Repetiu isso uma vez mais e já irritado.
-Pois me diga quem ela é, eu tenho direito pois não sabia quem era aquela garota. Nunca sequer você falou dela.
-Você não é bem o pensei que fosse. Deixei de te amar agora por causa desse ciúmes bobo. Está terminado.
Ela ficou passada com a declaração. Percebeu que não era mentira. Tentou conversar com ele, convencê-lo que ela sentir ciúmes não era motivo para sentimentos acabarem. Não cedeu na sua opinião, o ciúmes não foi a toa, mas tentou reatar o relacionamento. Gostava dele. Em vão.
-Acabou, meu amor acabou. Não te amo mais. Não tem o direito de sentir ciúmes de mim.
Tudo bem, se é assim que ele queria. O motivo tinha sido extremamente banal para um amor acabar. Que amor é esse?  Como assim deixar de amar por uma única cena de ciúmes? Se perguntava. Depois disso ainda tiveram mais uma discussão banal, o que levou ela a deixar de falar com ele. Criou-se a mágoa, a raiva, a distancia, a tentativa de esquecer. E esqueceu.
Então veio o pedido de desculpas pelo que havia feito e por todas as grosserias trocadas, veio a declaração que não havia conseguido esquecê-la, veio a declaração que faria de tudo para reconquistá-la.
Ela restaurou a amizade. Ele realmente gosta dela de verdade. Estava dando seu máximo. Ontem os dois conversaram quase a madrugada inteira, chegaram a discutir novamente algo banal. Ela relembrou de tudo. Enquanto ele tenta reaver o namoro, ela pensa a todo instante que não vale a pena correr o risco de tentar se entregar novamente e quebrar a cara mais uma vez. Não quer encarar a corda bamba.

Não posso ficar com um cara que por qualquer motivo banal poderá me dispensar uma vez mais.
Precisava principalmente de segurança. Havia perdido completamente. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Só acho que eu deveria parar de sonhar com alguém que não está ao meu lado quando acordo, sonhar sem sentido, sem razão e sem poder entender. Sem conseguir me aproximar de verdade. Sem conseguir reviver, sem conseguir chamar atenção. Só acho que os sonhos deveriam parar. Os que sonho quando durmo e os que continuo sonhando quando acordo. Porque é impossível sonhar com um mesmo alguém durante 5 meses, sim 5 meses, já faz tudo isso e simplesmente não sentir nada quando acordar. 
Só acho sabe?
Só acho que uma vez na vida alguém lá em cima poderia ser legal comigo e não deixar eu me sentir dessa maneira de novo e de novo. E pelo menos uma vez, uma única vez, me colocar no lado fácil da história.
É isto que estou sentindo exatamente agora que vai fazer eu me esquecer de você e impossibilitar totalmente uma reaproximação caso você tente isso no futuro.
Havia um abismo entre nós, mas eu me esforcei para criar uma ponte.
Eu o admirava de um forma especial, tinha algo de bom e sentia que faria a minha vida ter um pouco mais de sentido.
Sonhei com o muito, com o tudo de você. Sonhei em acompanhá-lo todos os dias, mesmo quando a distância física fosse grande. Sonhei que me olhasse com amor, deitar em seu colo enquanto lia um livro, assistir um filme ao seu lado, caminhar de mãos dadas na beira da praia, namorar no sofá, na mesa, no chão, na cama. Sonhava em te fazer um petisco e levar uma cerveja para não perder o lance do futebol, ouvir seus gritos de empolgação na vitória ou ser o seu consolo na derrota do seu time. Sonhei beijá-lo em um saguão de aeroporto, ouvir o rodar das chaves na porta principal, sentir o cair do seu corpo no meu durante o sono, tomar banho juntos, ser sua melhor companheira de viagens, poder realizar seus sonhos, poder fazer planos contigo. Já sonhei tantos momentos, não me custava sonhar, sonhar me fazia sentir bem, sorrir involuntariamente. Eram só sonhos. Nos meus sonhos viajava em ilusões, mesmo impossíveis faziam-me completa por alguns instantes.
Mas esperava o mínimo, esperava pelo menos conhecê-lo, ver seu sorriso e olhar de perto, um abraço singelo no saguão do aeroporto, caminhar na beira da praia lado a lado conversando, esperava que se abrisse para mim, confiasse em mim e fosse meu amigo.
Me esforcei para criar uma ponte, criar laços, ser algo teu, me esforcei para ser sua amiga. Mas não consigo. Tento me aproximar, estás ocupado demais sempre. 
Fico triste, ainda há um abismo entre nós e eu consigo vê-lo ao longe, ocupado, distraído e inalcançável mesmo para o mínimo, mesmo para o que eu apenas esperava.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

No apartamento ela tentava se concentrar para estudar. O barulho do bar no térreo não permitia que o fizesse, estava lotado. Pessoas animadas estavam ali para relaxar um pouco depois do trabalho, riam, gargalhavam, falavam alto. Mesmo não conseguindo concentração para estudar ela não se irritava, era sexta feira todos mereciam. Na verdade ela sabia o verdadeiro motivo de sua pequena aflição, o barulho era o de menos para tirar sua concentração. Se perguntava a todo instante se fazia a coisa certa ao lado do namorado. “Estamos felizes? Estou feliz? É isso que quero pra mim? O amo de verdade ou estou com medo de enfrentar a solidão? Estou me enganando? Ele um dia pensará em casar comigo?”
Nenhuma questão respondida. Havia feito 30 anos 3 dias antes, estava longe da família e amigos, sozinha numa cidade estranha e num apartamento minúsculo. Apesar disso sentiu-se satisfeita por não passar seu aniversário se sentido a maior encalhada que existe, pelo menos estava namorando. Respirou quase aliviada. Quase porque todas as questões costumeiras que de vez em quando lhe invadiam, desde o início do namoro, vieram ainda mais a tona em sua cabeça. Dizia pra ela mesma: “Olha lá você, 30 anos, teu tempo tá passando, não vai perdê-lo com um cara que não tem planos contigo e depois que não der em nada a encalhada será você. Ele é homem, sempre tem uma mulher para um homem. Ele pode até ficar velho, careca, feio e barrigudo. Sempre tem uma que quer.”.
Levantou-se foi à janela, gostava de pensar olhando o céu, a rua, as pessoas. Distraiu-se nas pessoas, ficou olhando-as, analisando-as na verdade. Gostava de fazer isso. Imaginava o que se passava na cabeça delas, como se sentiam. Analisava expressões de alegria, tristeza, desdém, gostava de tentar descobrir quem estava feliz de verdade por estar ali ou quem estava só preenchendo um vazio. Alguns lhe chamaram maior atenção. Percebia um casal se paquerando em mesas diferentes. Percebeu as amigas que olhavam para bunda do garçom cada vez que o mesmo passava por sua mesa. Um casal de idoso jantando juntos, ele tomando uma cervejinha e ela um refrigerante, conversavam, trocaram carinhos singelos, sorriam. “Será que vou achar?”. Perguntou-se. Percebeu um grupo de homens em outra mesa, passaram a gritar e fazer gestos fortes, falavam sobre futebol. “Claro isso causa esse efeito nos homens”. Um homem bebendo só. Outra garota que parecia que estava ali só porque o namorado queria, não estava curtindo muito aquele happy hour, olhava para o relógio e não fazia uma cara muito simpática para o resto da mesa. Talvez ela precisasse de um pouco mais de amor e atenção. Ou talvez ela que fosse uma completa chata que só sabia criticar o namorado a todo instante e ele estava ali fugindo de mais uma discussão que provavelmente teriam se ficassem a sós. Eles nem deveriam estar juntos, mas o medo da solidão às vezes faz a gente ficar com qualquer pessoa que agita um pouquinho nosso íntimo ou com alguém que já nos acostumamos. Mais uma vez as questões voltaram a sua mente. "Estou fazendo isso comigo também?". Os gritos de uma mesa a fizeram voltar à atenção nas pessoas. Um grupo de amigos e amigas, todos riam e se divertiam sem problemas, analisou as pessoas da mesa e pareciam todas satisfeitas em estarem ali. No fundo queria ter companhia para descer no bar e relaxar um pouco. Se fosse escolher uma mesa seria aquela. Quis ser amiga daquelas pessoas.
O resto da noite foi passando, enquanto ela tentava se distrair no apartamento minúsculo. Foi na esquina do outro lado do quarteirão e comprou dois cachorros quentes para comer. Dividiu seu tempo entre comer e ir à janela analisar aquelas pessoas, tomar banho e ir à janela, estudar um pouco e ir à janela, fazer um café e tornar a janela.
Nesse meio tempo o barulho foi abaixando, o fragor das conversas foi diminuindo. O casal de idosos já tinham ido embora, a namorada de cara feia também, nem a mulher e nem homem que se paqueravam em mesas diferentes estavam mais lá." Será que se conheceram e foram embora juntos?". As mulheres que olhavam a bunda do garçom ainda estavam, porém mais concentradas em outras coisas. Os homens que gritavam pelo futebol estavam mais quietos também e conversavam mais concentrados. Política pensou. O homem bêbado agora dança sozinho cambaleando perto da mesa e um cigarro suspenso no canto da boca. Os amigos permaneciam lá, agora bem menos eufóricos, porém felizes e satisfeitos ainda. Sorriam, se olhavam, tinham conversas paralelas. Tentou não olha-los mais diretamente, passou a ser mais discretas com eles, embora fossem a melhor versão do grupo de pessoas da noite. Nas suas sucessivas idas e vindas à janela eles haviam percebido sua presença. Ficou se perguntando o que estariam pensando dela: uma pessoa solitária em plena sexta feira olhando a vida por uma janela ao invés de curtir e ser feliz.
Cada ida e volta à janela alguém mais sai de cena.  As mulheres agora foram embora, os próximos os homens a decidir a conta. O bar foi ficando vazio. A mesa de amigos diminuiu e a maioria já haviam ido embora, agora os que restaram se encontravam de pé para apressar o garçom com o troco. Era madrugada já, se preparava para ir dormir, na vista da janela, nada mais de interessante, a rua estava vazia, os jovens no estacionamento do supermercado em frente à quadra, no bar os garçons iam guardando mesas e cadeiras, o homem bêbado solitário ainda estava lá agora quase caindo sobre a mesa, mas persistindo na bebida.
O cara que faria toda diferença na vida dela estava naquele bar e naquela mesa de amigos animada. Cruzaram olhares rápidos, hora desviados por ela, hora por ele. Eles se viram, não se reconheceram absortos em seus relacionamentos atuais. Ele tentando distrair do fim do namoro, tinha ido a Capital Federal encontrar um amigo só para ocupar o tempo e se divertir um pouco e ela tentando entender porque continuava namorando.
Deitou-se e logo dormiu. O cara e o amigo chegavam em casa, e enquanto o amigo preparava o local que ele dormiria, riam um pouco mais e colocavam a conversa mais pessoal em dia. Ele também deitou-se mas demorou um pouco mais para dormir, entre as lembranças do recente fim de namoro ficou se perguntando o que pensava a mulher da janela. Por fim, adormeceu também.
Ambos nem imaginam que talvez se tivessem sido rápidos em soltar um sorriso antes do outro desviar o olhar as coisas poderiam ser diferentes.
Aquele namoro dela acabou no início do ano posterior, ela já se envolveu com outros caras, novas paixões, nada deu certo até agora. Ele namorou outra garota, gostou dessa garota de verdade, mas também não funcionou. Estão perdidos, mas ela entrou numa fase de se preservar no amor um pouco mais, ele continua por aí se envolvendo com histórias que não irão dar em nada.
Eles se reencontraram, mas nenhum dos dois lembra da noite no bar. Ela o quer e ele ocupado demais ignora suas  tentativas de aproximação. Será que aquele momento, aquele dia no bar tinha sido a única chance deles? As vezes fico triste por eles, fico mais triste por ela. Eles se completariam, seriam felizes juntos, mas ele não sabe.
Os céus sabem como eu te quis.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem."

=/

domingo, 10 de novembro de 2013


...enquanto ele dorme eu sonho...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Hoje eu comecei uma oração, mas não a terminei por completo. Minha irmã entrou em nosso quarto, avisou-me que iria ler um pouco e depois dormir. Apesar dela saber todos os meus atuais pensamentos preferi silenciar. Oração se faz só, eu precisava de intimidade e ela acabou no momento em que minha irmã bateu à porta.
Estava tentando falar diferente com Deus, queria lhe pedir algo especial, mas explicar o real sentido do meu pedido. Se ele inventar de realizar mesmo não vai poder dizer depois que era exatamente isso que meu coração queria, meu o real desejo que é outro. Minha razão pede algo que minha alma e meu coração dizem a todo instante que não querem, apenas compreendem o meu pedido, mas não o querem. Alma e coração se entendem e parecem não sentir medo do tempo, tempo este que se meu pedido realizar será ainda mais longo. Eu não quero meu pedido, eu quero outra coisa, mas meu pedido parece ser o mais sensato para o momento.
Me perguntei se ele estaria lá, faz tanto tempo que parece não me ouvir. Silêncios. Me pergunto se ele tem mesmo um plano. Silêncios machucam, e mais ainda em mim. Sou dessas que prefiro pancadas ao desprezo. Prefiro o sangrar ao nada sentir. Enfim, se ele não estivesse ao meu lado alguém poderia estar, dizem que os céus se aproximam quando a gente chama. Acho que por isso queria explicar, medo dele não estar lá e se alguém fosse dizer a ele o que eu queria, tinha que saber explicar também. De nada sei, estou apenas divagando em ilusões. No momento em que comecei minha oração haviam dois pedidos pulsando em meu ser, um de âmbito racional e outro emocional.
A algum tempo venho sentindo que a vida pede um pouco mais de mim. Sinto como se existisse um rio dentro de mim, meu corpo é apenas o leito. Águas passam. E agora elas correm com a força de uma correnteza veloz que tem capacidade de modificar o leito por onde percorrem. E isso está acontecendo, sou outra. A mudança não me incomoda, o que me incomoda é que essas águas parecem seguir um curso em círculos, caminhos aleatórios dentro de mim mesma. Não tem um único sentido. Nada corre para um mar. Não sei de quase nada, não entendo, estou perdida, estou confusa, estou com medo, mas de uma coisa sei, existe algo mais.
É como se tivéssemos um outro passado, outro presente e outro futuro fora do relógio atual que fomos acostumados a seguir. Um tempo marcado de forma diferente. Longo, mas apagado da memória dos que aqui voltam. Me sinto como se, em alguma ocasião, eu estive no roteiro de "Eternal Sunshine of the Spotless Mind" no momento em que Joel Barish começa a se arrepender da escolha de apagar lembranças e tenta desesperadamente preservar algo em sua memória para que daquele ponto ele possa ter um gancho e tentar recomeçar uma nova história com Clementine. É como se existe, em algum outro plano, aquela máquina do filme. E é como se eu tivesse preservado pequenos detalhes seus para que eu pudesse me apegar e conseguir segurar suas mãos uma vez mais aqui. Como se eu precisasse de você para caminhar segura e cumprir minha missão, mas aparentemente só eu fiz isso. E isso é triste.
Na minha mente o passado parece ser muito mais longo. O presente deixou de ser só o momento e passou a ser todo esse tempo em que aqui estou vivendo. E o futuro algo que será vivido fora dessa realidade. O estranho e incomum se instalaram nos meus dias e parecem não finalizar o seu papel. Me sinto incompleta e o que mas me assusta é saber que poderei continuar assim toda essa vida.
Nada parece renascer em você. Eu te admiro enquanto você dorme. E quando eu durmo você está em meus sonhos.
Hoje iria pedir a Deus para eu te esquecer, para essas sensações pararem, que essa minha busca por ti cesse. Minha razão pede isso em contraste com o que minha alma e coração necessitam. A única coisa que posso me segurar para acreditar que poderia acontecer da gente se conhecer, ocorrem apenas como pequenos instantes de certezas impossíveis que me invadem discretamente. Hora acho que conseguirei, hora recebo banhos de água fria. Isso é ruim. Essa procura sem reciprocidade me tem feito ficar mais angustiada. A angústia do não saber dói. Não deve ser assim.
Se preservei algo que não podia, talvez até desobedecendo a ordem natural dos acontecimentos, talvez seja preferível esquecer. Não é o que eu quero. Eu queria mesmo era que você lembrasse de mim como eu me lembro de você. Queria que você tivesse resgatado algo meu, mas aparentemente só eu fiz isso.
O que seria uma oração íntima acabou ficando exposto aqui ao extremo. Não sei porque, apenas escrevi, preciso colocar para fora, se Deus não estiver ao meu lado para escutar, talvez assim chegue lá. Escrevi para registrar aqui e ficar provado que minha alma e coração não querem te esquecer. Ainda que venha a acontecer.
Só queria me aproximar, poder entender, te conhecer, ter certeza que não é um mero estranho qualquer, criar laços. Queria o mínimo, mas nem isso estou conseguindo.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

...quase...

Se me permitem, usando as palavras da irmã.

"Os ‘quase’ da vida (22.08.09)
Eu sempre fui uma pessoa de muitas esperanças. Acreditava no futuro, no amor, nas pessoas, em duendes, em mim mesma. Mas os ‘quase’ da vida me impedem de continuar assim. Quase conquistar o amor não mata a solidão. Quase conseguir um emprego não te torna uma pessoa necessariamente bem-sucedida. Quase passar numa prova importante só te deixa frustrado. Quase ver alguém não mata a saudade. Quase comer não mata a fome. Quase ganhar dinheiro não paga as dívidas. Quase saber não acaba as dúvidas. E isso nos convence que certas situações e vontades não estão em nossas mãos. Ou dão aquela sensação amarga de poder ter tentado mais. Mesmo que tenhamos ido ao nosso limite. Tentado feito loucos. Os ‘quase’ da vida são insuportáveis. Por causa deles, passei a viver hoping for the best, but expecting the worst. Sei que estes ‘quase’ da vida nos tornam mais fortes, mas por culpa deles eu sou apenas quase feliz."

Nada mais.
¬¬

domingo, 3 de novembro de 2013

Cenas

Dos amores passados e das cenas que até hoje marcam na memória:
  • De um lembro dele de pé, em frente ao orelhão segurando o telefone na mão, com aquela cara de quem não acreditava no que falei, mas sorrindo, feliz por ter escutado tais palavras. Enquanto eu? Falei e saí andando para não ter que lidar a situação e nem prolongar o assunto. Fugi e enquanto fugia, cruzando o terraço da piscina do colégio rumo a saída, me perguntava como tive coragem de dizer tais palavras. Eu olhava para trás de vez em quando e sorria para ele, nossos olhares cruzavam, já se queriam e nossos sorrisos confirmavam o que viria a acontecer dias depois.
  • Desse mesmo lembro do nosso primeiro beijo, não lembro mais o gosto e nem a sensação, mas lembro da cena, dos detalhes, dos sorrisos, olhares e carinhos. Lembro que naquele momento, foi um dos instantes da minha vida que me senti no lugar mais seguro do mundo. 
  • Deste ainda me lembro do dia que ele passou de surpresa em minha casa, depois de um termino que durou quase um ano, pediu que eu o acompanhasse e disse que precisava muito conversar. Me pediu perdão e mais uma chance. Lembro do local que estávamos, seu olhar e a sensação de alívio que senti no dia, depois de um ano esperando esse momento. Em vão, naquela hora eu não sabia, mas nada mais seria igual. Havíamos nos perdido.
  • Ainda dele, não lembro da nossa primeira briga e nem de muitas outras que tivemos, mas lembro daquela vez em que desci da aula depois que brigamos. Ele me esperava sentado nas arquibancadas cabisbaixo para dizer que me amava e não poderia mais viver sem mim. Também me lembro claramente de uma outra briga, que em minha memória parece ser a última que tivemos, foi a que eu tive certeza que não dava mais. Me rendeu um trauma que carreguei durante muito tempo apesar dele praticamente ter ajoelhado aos meus pés pedindo desculpas pelo que havia feito.
  • De um outro lembro que de pé na escada da faculdade tinha aquele olhar de muito perto, me olhando com ar de veneração. Lembro-me do quanto me senti incomodada e invadida.
  • Do próximo o que mais lembro e claramente foi do dia em que me senti amada ao seu lado pela primeira vez. Ele me olhava de perto sereno e silencioso para cada detalhe do meu rosto, e terminou sua análise com um beijo na testa. Aquilo me fez sentir segura ao seu lado pela primeira vez.
  • Desse ainda me lembro também da decisão do fim definitivo. Ambos ao lado um do outro, no jardim da minha casa, encostados em seu carro. Eu olhando para o nada e ele me olhando, tentava me convencer a tentar mais uma vez e eu só conseguia pensar que precisava viver algo novo. Seu sorriso e suas palavras foram em vão, nada me convenceu. Parti.
  • De mais um lembro do banho de rio que tomamos juntos. Água gelada, vento calmo, raios de sol iluminando as águas, abraços, beijos e cuidado. Desse não guardo lembranças ruins, elas não existiram.
  • De outro lembro-me do nosso primeiro encontro na rodoviária, do abraço sem jeito, dele dançando uma mistura de salsa e forró para mim no quarto do hotel e do beijo na beira da praia sob os fogos da virada de um ano. Lembro-me do quanto me entreguei e da despedida fria e sem olhares. Recordo-me chorando em frente o computador depois das palavras duras, ditas de forma direta e sem cuidado. Anos depois ainda nos reencontramos, nele havia preservado um desejo abafado e uma vontade de recomeçar algo e em mim não restava nada mais. Palavras duras marcam.
  • O próximo fora meu maior pesadelo, por quem mais chorei, por quem mais sofri, me sentia destruída e cada vez mais a cada dia. Ele me mudou. A necessidade da convivência só tornava as coisas piores. Dele me recordo de algumas conversas que tivemos e do seu ar de se achar um homem maduro, ele se achava dono da verdade. Ele não era nada maduro, era tão jovem, mas muita coisa de mim ele realmente sabia. Sei que tivemos, mas deste não me recordo de nenhuma lembrança boa ao seu lado. Seu cheiro ainda me deu calafrios e me atormentou pelas ruas da cidade durante um bom tempo...
  • Entre ele e o próximo, tive alguns casos sem muita relevância. Onde tenho lembranças de beijos na beira da praia a luz do luar, na plateia do teatro após as luzes apagarem, no meio da rua, na sacada de um restaurante de beira de rio... 
  • O próximo me rendeu sorrisos, lágrimas, dúvidas, maturidade, mágoas, comédia, risadas, choros, amor, perdão, raivas, alegrias, cenas de ciúmes... Acho que dele é de quem guardo mais lembranças. Reencontros e despedidas em aeroportos e rodoviárias de 4 estados diferentes. Vida de geólogos. Não lembro do nosso primeiro beijo e nem porque exatamente começamos a namorar. Eu queria um namorado e ele queria diversão, mas ainda assim tentou namorar. Coitado, até que se esforçou, tentou mas aquilo não era para ele naquele momento. Me traiu e por muito pouco não fora também traído, inevitável. Dele lembro de cada reencontro, de fazer café a noite enquanto ele estudava, das crises de ciúmes que eu tinha, da paciência dele quanto a isso, de colocar meu pé frio na sua barriga embaixo dos lençóis, de irmos ao supermercado juntos, dele fazendo aquela posição de quem está meditando quando eu o irritava muito, de acordar ao seu lado, das risadas que dávamos juntos, das vezes que ele me levou café da manhã na cama, dele segurando minha mão pela primeira vez no meio da rua, e totalmente sem jeito ele dizia: "Aninha, nunca fiz isso por ninguém. Não estou acostumado a isso. Sou doidão."... Ele olhava para os lados como se alguém pudesse reconhece-lo 'pagando aquele mico' de andar de mãos dadas. São tantas lembranças, mas quando penso nele o que mais me recordo é de estar sentada na cama olhando o céu da capital federal durante as madrugadas em que estávamos juntos e me perguntando o que eu ainda estava fazendo ali. Jamais teríamos futuro.
  • Mais alguns casos sem muita relevância e quase nenhuma lembrança, até chegar no carinha do olhinho apertado e sorriso desconfiado. Muito mais novo que eu. Ele também me rendeu várias lembranças, lembranças estas já diversas vezes listadas aqui mesmo neste blog. Este me amou, a gente sabe quando é amada, mas ele nunca conseguiu assumir, acho que não o fez nem para ele mesmo. As vezes parecia triste ao meu lado, pensativo demais e só vim entender o porque quando uma distância maior que 2000 quilômetros nos separava. Era o que eu desconfiava. Ele ainda era só aquela criança que morria de medo de ser abandonado. Não vou falar de lembranças ruins. Das boas as que mais guardo é dele dormindo ao meu lado, dele me olhando e colocando meu rosto em seu ombro, do seu coração batendo forte, da gente na cama fazendo carinho nos pés um do outro enquanto assistíamos a novela que ele gostava, dele me fazendo cócegas até eu rir extremamente alto, da expressão no rosto dele quando soube que eu iria embora, a feição era triste e assustada mas a sensação em mim foi reconfortante. Esperança de que tivesse coragem de lutar por mim. Fui embora sem me despedir dele, brigamos, ele não acreditou que eu realmente iria ou acreditou e fugiu, não sei, odiava despedidas, seria abandonado uma vez mais. A vida me fez voltar lá mais uma vez, algo tinha ficado inacabado e então ficou guardado em mim a minha melhor lembrança, a nossa despedida.
De tudo que aconteceu algo permaneceu, fora criado pelo primeiro citado: "Feche sua mão sempre que quiser segurar a minha, toda noite antes de dormir, feche sua mão e a minha estará lá segurando a sua.".
A cada fim, a cada dor, a cada saudade, a cada desilusão, a cada solidão, eu fechava as mãos sonhando que alguma delas estivesse lá para segurar a minha. O que mais ficou de tudo é que até hoje eu fecho as mãos involuntariamente quando me sinto muito só, mas sei e com a maior das convicções que posso ter que não busco mais as mãos de nenhum deles. Ainda não sei quem segurará minha mão para nunca mais soltar.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Naquela noite, deitada em sua cama, a mulher imaginava tudo que tinha acontecido na sua vida até aquele exato momento. Como chegou até ali? O que havia feito de errado? Por que seus sonhos não haviam realizado? Pensava em todos os "quases" que faziam parte das histórias dela. Indagava a vida, silenciosa e olhando pro nada, com uma certa pontinha de amargura e com uma esperança que alguém escutasse suas perguntas e se comovesse em respondê-las.
A irmã mais nova tentava dormir na cama ao lado. Era sua cúmplice. Sabia como a mulher se sentia, o que estava pensando e em quem estava pensando. A irmã mais nova de tudo sabia, mas em silêncio a deixou com ela mesma. Naquela noite era melhor assim.
A mulher lembrou-se de quando tinha 15 anos. Nossa! Pensou que se aquela garotinha de 15 anos pudesse viajar para o futuro ela não sentiria orgulho algum da mulher. Muito pelo contrário.
Levantou-se e foi ao banheiro, ao lavar o rosto permaneceu um tempo se olhando no espelho e percebeu a presença da menina. Estavam juntas. Eram uma só. Percebeu que a menina nunca havia deixado de acompanhá-la. Ela a olhava pelo espelho com um semblante triste. Não a julgava. A menina entendia perfeitamente a mulher, tinha compaixão de sua dor, a sentia junto com ela. Seu maior pesadelo era aquele, o absoluto contrário de seus maiores sonhos. Uma mulher aos 32 anos, morando com os pais, solteira, sem filhos e sozinha. 
Voltou para a cama com a menina na cabeça. Ela parecia não ter mais nada dela, mas tinha, tinha ainda todos os sonhos. Os sonhos permaneciam intactos. Talvez isso a salve algum dia. Comparou-se com a menina. Assustou-se, na época se sentia tão frágil e agora acha que ela era muito mais forte que hoje.
Na cama ela sentia falta dos adesivos de estrelas brilhantes colados no teto de seu quarto que a menina colocou. Foi esse seu ponto fixo que lhe dava segurança até por volta de seus 25 anos. Quando colocou tinha poucos adesivos, resolveu colocá-los juntinhos. A noite parecia um buraco no teto do quarto, assim tinha um céu particular. Nas noites de solidão e angústias ou nas noites de felicidade plena ela ficava ali admirando seu céu até adormecer. Só de pensar em perder seu céu particular, recusava-se veemente pintar novamente o teto do quarto. Um dia não teve mais jeito. O céu se foi. A cama parecia ainda mais vazia.
Naquela noite, mais que tudo que ela sonhava, ela só queria aquele céu de volta por alguns instantes, precisava dele.
Pensou no carinha dos olhos apertados, sorriso um pouco desconfiado, abraço acolhedor e beijo perfeito. Sentia saudade dele, mas tinham distâncias maiores que os 2000 quilômetros que os separavam fisicamente e suas diferenças eram gritantes. Ele era muito mais novo e um completo imaturo. Ela, apesar de seus fracassos, já era uma mulher madura e não tinha mais paciência para infantilidades e joguinhos. Deu um suspiro e virou a cabeça para um lado e outro.
Olhou novamente para o vazio no teto em seu quarto. E acordando a irmã já sonolenta ao seu lado, compartilhou o que sentiu de relance naquele instante. Ele seria apenas um elo. A irmã sorriu e voltou a dormir. A mulher enfim conseguiu diminuir aquele seu momento de angústia e foi dormir um pouco mais confiante.

Sabe-se lá do futuro. Talvez tudo tenha sido necessário.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Não tem mais pássaros, nem estrelas, nem certezas e muito menos sinais.
Mas sobra tanta coisa ainda que de nada me serve.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Um fato sobre mim:
Eu nunca fico estranha e nem me afasto das pessoas do nada. Se eu mudar, pode até apostar, tive um bom motivo pra isso, um não, vários. Porque eu também nunca faço isso por um único motivo. É do meu feitio passar por cima de chateações, perdoar erros, recomeçar, refazer, estreitar relações mesmo que estas relações sejam difíceis, eu ainda assim tento. Também não sou dessas de dizer: "Olha fulano (a) você tá vacilando comigo", "Olha isso não é legal",... então se eu chegar a fazer isso é porque me importo muito, mas muito mesmo com você. Passo por cima até onde dá. Isso de se afastar do nada e por nada com toda certeza não faz parte do meu jeito. Portanto, se eu mudei ou me afastei é porque algumaS bobagenS você fez e estourou meu limite.

Fica a dica pra quem interessa.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Não sou dessas de falar assim de mim diretamente para alguém, me salvo aqui, no meu espaço, onde sei que quase ninguém vem aqui. Mas ele consegue isso de mim, falo da minha vida sem nem ao menos ele pedir ou saber se quer. Por vezes penso incomodá-lo.
Ando me revirando por dentro. Essa é a sensação contínua. Minha alma parece me cobrar a todo instante um pouco mais de mim mesma. Como se eu estivesse ultrapassado o limite da comodidade, como se minha alma fosse uma pessoa sedentária e estivesse precisando com urgência de exercícios para manter-se saudável.
Tento entender um pouco melhor a ligação que ele parece ter com isso. Tento me aproximar  mas não consigo de fato. Vejo suas fotografias e acho que já o conheço a tanto tempo. Ele tem algumas poucas feições semelhantes as de alguém que já convivi meses atrás, são as mesmas que me chamaram atenção pela primeira vez. Mas são feições que se perdem dentro do seu olhar e parecem nem pertencerem a ele mesmo. 
Eu acredito gostar dele de um jeito especial, acredito no desejo e no querer que sinto, mas no fundo não sei nem mesmo o que realmente sinto. Me sinto extremamente confusa, porém, invadida discretamente por alguns instantes de certezas impossíveis. Isso é ruim.
De uma coisa tenho certeza, algo meu ele leva, eu o reconheço.
Ele me intriga e me instiga sem a mínima intenção de fazê-lo. Alias ele nem sequer sabe o quanto faz, ele está ali, já sei que ele existe e isso basta para que eu me sinta dessa maneira.
Eu sempre tive essa tendência fantasiosa para o improvável. Tento fugir dela, me sinto uma boba, sempre fui, mas nunca antes me senti assim de maneira tão exagerada. Tento manter meus pensamentos em ordem, mas fico dando voltas e voltas dentro de mim.  
Quando desisto de me aproximar e resolvo deixar 'para lá', acabo sonhando com ele de novo.
Não é mais questão de me sentir gostando dele ou de cogitar se tenho alguma chance ou não. Não é nada disso, é só uma necessidade inexplicável de compartilhar o que sou e descobrir o que ele é.
Mas não consigo, não tenho espaço, eu não consigo.

domingo, 13 de outubro de 2013

Você de repente me escreve dizendo que sente saudade e essa frase já não mexe comigo da mesma forma. Antes, passei horas com aquela sensação inexplicável, como se o mundo estivesse movimentando estrategicamente para me retirar ou me oferecer algo. A sensação se dissipou um pouco no momento em que meu celular fez o som e vi sua mensagem. Li de relance, não tenho mais tanta pressa, era tarde e eu sabia que não responderia de prontidão.
Penso um pouco no que li rapidamente, lembro nossa história, sinto um pouco e analiso acontecimentos e possibilidades. Algo ainda sobrevive, sei disso, mas não acredito que ainda funcione e penso que, mesmo que vingue, ainda assim, prefiro viver no meu agora, prefiro estar aqui.
Não sei ao certo se estou certa ou errada. Não sei se não me jogo por medo do teu descomprometimento ou se por falta de vontade mesmo. Nesse momento só me passa na cabeça uma frase já conhecida que diz "...o esforço pra lembrar é a vontade esquecer...".
Será? Não sei, mas de uma coisa tenho certeza. Te repondo mais por medo de estar errada, mais pelo medo das perguntas que podem vir futuramente na minha cabeça trazendo-me uma culpa de que poderia ter feito um pouco mais do que pela vontade em si que sinto de ti e da gente.
Enfim, te respondo, digo que também sinto saudade, destaco a palavra sempre. Não minto. Sinto realmente saudade. Mas não te quero mais. Só sinto saudade, uma lembrança, um carinho, uma história, algo que está no meu passado e talvez seja exatamente esse o seu lugar.

sábado, 12 de outubro de 2013

Eu sei que isso é "besteira", mas como já disse adoro responder essas coisas.
Acho que diz muito sobre quem responde.
O primeiro que tem nesse blog fiz porque a Carlinha me pediu pra fazer e este de agora fiz pra perceber o quanto eu mudei nesses anos...

Eu quero: descobrir qual é o meu caminho, entender as sensações estranhas que de vez em quando sinto, eu quero ser feliz e ter paz independente do que esteja acontecendo ao meu redor.
Eu tenho: muitos sonhos, frustrações, medos, muita ansiedade... guardados.
Eu gostaria de ter: um pouco mais de ousadia.
Eu gostaria de não ter: tantas mágoas, medos e essa ansiedade.
Eu acho: continuo achando que deveria achar menos e viver mais.
Eu odeio: ser ignorada, desprezada, quando gritam comigo ou desligam um telefone na minha cara.
Eu sinto saudades: da minha infância, também sinto saudade da sensação de ter certeza que encontrei o verdadeiro amor.
Eu faço: o que quero, o que é possível e o que está ao meu alcance.
Eu fiz e não faria de novo: tantas coisas.
Eu fazia e deixei de fazer: nada me vem a cabeça... só coisas que eu queria muito deixar de fazer.
Eu escuto: diversos estilos musicais.
Eu imploro: para entender qual é minha missão e sabendo ter força, coragem e entendimento suficiente para saber como realizar.
Eu me pergunto: sobre minha vida, sobre meu futuro, sobre meu passado... o tempo todo.
Eu me arrependo: ai, ai de tanta coisa, mas de tanta coisa mesmo... agora mais ainda.
Eu amo: minha família.
Eu sinto dor: quando eu penso demais no passado ou na vida, quando vejo a maldade das pessoas, quando eu não entendo o que está acontecendo comigo.
Eu sinto falta: de andar de bicicleta em Mauriti, da minha infância.
Eu sempre: tento levantar mais uma vez.
Eu não fico: sem viajar em meus pensamentos, não fico sem imaginar diversas situações em minha vida... minha cabeça não para um minuto.
Eu acredito: que alguém guarda em algum lugar tudo que fazem com a gente... e que na hora certa tudo é devolvido na mesma medida.... também continuo acreditando nas coisas que acontecem longe do nosso conhecimento.
Eu danço: ballet... estou aprendendo. Mas pra divertir acho vale dançar de tudo.
Eu canto: músicas que me trazem sensações... canto no meu quarto e não estou nem aí para minha voz desafinada.
Eu choro: com facilidade e muitas vezes, eu choro cada vez que lembro de algumas coisas e principalmente porque não posso fazer nada.
Eu falho: demais, sou humana.... mas nunca em minha vida falhei de forma desonesta com os outros, minhas falhas sempre afetaram mais a mim mesma que o próximo.
Eu luto: pelo o que eu quero, pra aceitar algumas coisas e pra acreditar que Deus está do meu lado nos meus momentos mais difíceis. (continuo lutando pelas mesmas coisas)
Eu escrevo: pra me expressar, pra colocar pra fora o que sinto, pra ajudar a mim mesma... não escrevo bem e escrevo um monte de bobagens, mas essa sou eu.
Eu ganho: quando eu consigo ter força, boa vontade, paz e paciência pra levar algumas coisas adiante.
Eu perco: quando eu acho que tudo tem que ser do meu jeito e não consigo aceitar de outro.
Eu estou: me sentindo confusa sobre diversos assuntos internos.
Eu sou: sou boba, continuo sendo chata do mesmo jeito, mas além disso sou sensível demais, sonhadora, intuitiva e esperançosa.
Eu fico feliz: tanta coisa simples me faz feliz, mas ultimamente essas coisas simples tem me faltado.
Eu preciso: me encontrar.
Eu deveria: ser um pouquinho mais paciente e bem menos ansiosa.

domingo, 6 de outubro de 2013

Parece que eu já te conheço a tanto tempo e na verdade eu sequer te conheço.
Sensações, imaginação, sonhos, impressões, histórias viajam pelos meus pensamentos.
Tudo isso se dissipa na existência de um nada.
E o nada existe? Existe.
Eu tenho pressa, mas todo o resto parece não ter.
Luto por algo que somente minha alma diz ser alcançável.
Não consigo, mas estranhamente não desisto.
Mesmo de tão longe você inquieta o meu íntimo de uma forma estranha, porém, gostosa.
Sou curiosa, sempre fui, é meu defeito.
É algo dentro de mim que já não tem o mesmo ritmo, é o frio na barriga como se minha alma revirasse dentro de mim, é um sorriso espontâneo só de imaginar algo com você e uma melancolia estranha só de saber que posso não te conhecer nunca.
Inexplicável, inaceitável, ilusório, incompreensível, mas estranhamente sinto como totalmente possível para o meu ser, para o meu íntimo, para minha alma.
Porque me sinto assim?
Quando vou saber?
Eu tenho pressa, mas todo o resto parece não ter.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A sensação que tenho é que um ciclo está encerrando para iniciar outro.
A sensação é que tudo que acontece a cada instante, cada pessoa conhecida, cada conversa, cada convívio convergem para um mesmo caminho que a muito tempo estava escrito.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"Um alguém cuja alma te pertence desde sempre. Um dia um encontro marcará o que somente os olhos registrarão. Um dia, inesperadamente, alguém anula o resto do mundo para você."

Um dia
Quem sabe...

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Somos aquilo que falamos, vivemos e fazemos.
Mas também somos aquilo que calamos, guardamos e abafamos dentro da gente. Aquilo que fica contido num olhar, num gesto, numa esperança, num sonho, tudo aquilo que imaginamos e não vivenciamos.
Somos um pouco de cada sentimento que colocamos para fora, mas somos muito mais cada sentimento guardado dentro da gente, muito mais tudo aquilo que fica contido do que o que foi exibido.
Eu acredito nisso.
O que fica guardado em nós nos move por dentro, nos muda, nos molda e nos determina. Sentimentos, sejam eles bons ou ruins, movem-se dentro de cada parte do nosso corpo, às vezes trazem paz, outras angústia, às vezes aperta ou é vazio e são todas essas sensações pulsando dentro da gente que vão criando pensamentos, opiniões e nos definindo.
Somos feitos em grande parte de tudo que ficou contido, e o que não somos ainda seremos, porque somos principalmente uma eterna mudança.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tenho dó das pessoas que separam os termos romantismo e realidade, como se não houvesse a possibilidade alguma dos dois caminharem juntos. Para piorar essas pessoas ainda classificam de imaturas outras que acreditam na pequena dose do incomum.
Costumam dizer que o romantismo não acontece na vida real, que se tiver romance o sentimento é imaturo e que na realidade o amor só pode acontecer se estiver oposto ao romantismo.
Amor não tem jeito de ser, não tem forma de acontecer e muito menos obrigação de ser uma coisa ou outra. Então, se ele não tem obrigação de suprir o pensamento ilusório do romântico exagerado, também não tem obrigação de suprir o que um cético amargurado pensa dele.
É verdadeiro porque é questão de se sentir, de se viver, de existir e não de se classificar como deve ou não ser.
Só é bonito se for realista? O que é realista para você? Realista pra mim é tudo o que pode acontecer no dia a dia. Então realista pode ser uma 'porrada de coisas' e inclusive ter uma dose do incomum e de 'coincidências' inacreditáveis que fazem uma história acontecer.
Se você está na linha daqueles que acham que acreditar nisso é imaturo, irreal e só consegue ver uma realidade para o amor acontecer, só imagino o quanto amargurado deve se sentir, penso que quase nada você soube retirar de suas experiências amorosas.
Não é porque você ainda não viveu que é imaturo, irreal e inexistente.
Amor não tem obrigação de ser de um jeito ou de outro, ele apenas existe e pode se mostrar em diversos contextos cotidianos.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Se alguém julga como inveja contra si aquilo que ele mesmo vive fazendo com os outros em um grau e intensidade bem maior, então esse mesmo é quem deveria rever com bem calma quem é o invejoso em questão.

domingo, 18 de agosto de 2013

Acho muito difícil eu me expressar verdadeiramente com palavras, difícil abordar todos os pontos únicos do que quero realmente dizer. Meus pensamentos são vastos, sentimentos enormes, contradições marcantes e ideias mirabolantes fazem eu me sentir única. Eu diria até que é impossível me conhecer sem que você se dedique realmente a isso.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Se você se sentir estranho, diferente, meio maluco, sensitivo, sonhador demais, idiota, bobo demais... Comemore! Sim, comemore, apesar de tudo isso não fazer nada bem e lhe deixar vulnerável demais. Tenha pelo menos uma certeza, pode ser ruim para o mundo mas nossa alma não foi feita pra viver no mundo e quanto mais distante da realidade você estiver mais próximo da eternidade você estará.

Um dia você terá todas as respostas. Nada é por acaso.

domingo, 28 de julho de 2013

Talvez seja só um indício de um passado que eu nem lembro que vivi. Aquela história realmente aconteceu, mas hoje mais do que nunca sinto que o lugar dela é realmente no passado.
Nós olhávamos estrelas coladas em adesivos luminosos no teto dos nossos quartos ainda antes mesmo de nos conhecermos. No dia em que você me mostrou as suas estrelas e disse baixinho no meu ouvido que toda noite olhava pra elas e acreditava que o seu amor estaria fazendo o mesmo em qualquer lugar do mundo, foi nesse dia, nesse instante que percebi o porque ser tão forte o que nós tínhamos. Me toquei que você se encaixava perfeitamente na pessoa que eu tinha certeza que encontraria olhando as minhas.
Era indiscutivelmente igual. Seu sorriso, boca, olhar, altura, peso, gênio, qualidades, defeitos, história, medos, dor, passado... Tudo. Eu já te conhecia.
Sua vida inteira, você por inteiro, era como se eu já te conhecesse antes mesmo de te conhecer.
Como não acreditar em intuição assim? Como não acreditar em sensações? Em pessoas que são destinadas a se encontrarem?
Por anos eu tive certeza que era você. Então tudo mudou. Nossa história não acabou, apenas mudou ou apenas se encaixou no seu lugar certo.
Eu sabia tão bem de você. Não seria a toa. Eu sentia se estava feliz ou triste, mesmo que estivesse a milhares de quilômetros longe de mim. Várias vezes entre a gente as palavras foram totalmente dispensáveis. Até hoje existe uma certa cumplicidade silenciosa, quando eu digo uma frase e você consegue compreender o texto inteiro. Você me conhece tão bem quanto eu a você.

Talvez toda essa história de voltar de novo ao mundo seja verdade. Talvez eu e você revivemos um passado que nem eu e nem você lembramos que vivemos. Como irmãos, cúmplices, amigos, não sei, mas vivemos. Talvez exista mesmo essa ligação de um mundo espiritual e coisas marcadas para acontecerem no momento exato para cada um.
É tudo tão encaixado entre a gente que os meus talvez se transformam em certezas. Deve ser isso mesmo.
Todos esses pensamentos e constatações só vem me comprovar o que sempre insisto em acreditar. Que existe mesmo destino.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Nunca mais foi igual, nunca mais...
Eu me sinto tão culpada e não é só por não poder mais ter de volta, mas principalmente por não querer mais de volta mesmo que eu pudesse ter.
Eu preciso saber que não deixei o amor escapar.
Era a única decisão que eu conseguia ter naquele momento.
Eu tava saturada, cansada, me sentindo desvalorizada, sentindo que por mais que eu fizesse você nunca iria me enxergar de verdade, eu tava triste, perdida, magoada por você ter me deixado tanto tempo sozinha em busca de uma aventura qualquer...
Não tinha como eu te amava, era apaixonada, mas não conseguia não ter medo ao teu lado.
Havia desencaixado como um quebra cabeças montado que alguém deixar cair no chão e fica ali por muito tempo. Você não voltava e pelo chão foram se perdendo aos poucos as peças. Quando resolveu voltar tentamos montar, mas você não voltou a tempo e eu não queria mais tão incompleto.
Mais do que eu infeliz, você também estava.
Eu não desisti por mim, foi por nós, foi principalmente por você.
Não sabia mais como continuar.
Hoje eu me sinto tão culpada porque nunca mais foi igual.
Nunca mais recebi querendo dar ao mesmo tempo, depois tudo se resumiu nas várias vezes em quis receber de quem não dava ou recebia de quem eu não queria.
Eu preciso saber que não deixei o amor escapar.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Regras e Exceções da vida...

Viva a vida seguindo e obedecendo as regras e as exceções serão uma surpresa.
Viva a vida sonhando com as exceções e se decepcionará constantemente com as regras.

domingo, 7 de julho de 2013

Por acaso...

Talvez algumas coisas sejam por acaso sim... Ou tudo... Sei lá.
Talvez só seja por acaso e nada mais.

domingo, 30 de junho de 2013

ele não conhecia nada dela, não sabia que ela as vezes mordia o lábio inferior quando sorria, não prestava atenção nas covinhas, nem prestou atenção no formato do perfil dela, não sabia que os olhos dela ficavam cor de mel se estivessem no sol, nunca percebeu como era o desenho da boca dela e muito menos que ela tem um furinho no queixo.
mais do que apenas características físicas ele não fazia ideia qual era o som da gargalhada dela, nem do modo que ela mexia no cabelo, nem como ela ficava envergonhada por receber um elogio, nunca percebeu seu jeito romântico e nem seu jeito malicioso e infantil (ao mesmo tempo) de olhar algo que ela deseja.
mais que características visíveis, ele não conhece os medos dela, não conhece nem seus sonhos e muito menos seus traumas.

ele não sabe nada dela!

sábado, 22 de junho de 2013

quem já caminhou dentro de uma caverna sabe que é necessário pelo menos um pouco de luz para conseguir enxergar para onde ir, mesmo que não seja natural, é preciso.
cavernas são totalmente escuras, com depressões, galerias, corredores.
cavernas são cheias de armadilhas, você pode caminhar em chão firme e de repente cair metros abaixo ou inesperadamente bater com a cabeça em algo, os caminhos se estreitam e se alargam aleatoriamente.
cavernas são labirintos confusos e completamente escuros.
não é um túnel, reto, plano e que se você conseguir enxergar uma luz, mesmo que mínima e bem de longe, é só seguir em linha reta e pronto, está seguro e a salvo novamente.
numa caverna, mesmo que você veja essa luz longínqua, ainda assim, na tentativa de chegar até ela você pode cair em alguma "armadilha", se machucar feio ou se perder novamente.
estar no meio de uma caverna sem luz é estar totalmente perdido, sabendo que caminhar para sair dali significa ir se machucando a cada passo.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

sim aquela mesma sensação de 12 anos atrás
uma solidão forte e esgotante
mas é uma solidão diferente
ela está aqui e está de volta
eu nunca mais havia reencontrado com ela desde então
é igual em gênero, número e grau a sensação de 12 anos atrás
é uma solidão que dói muito
mas vem com a iminência de algo muito bom e muito grande

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Em 1992, lembro-me claramente do povo vestindo e pintando o rosto de preto pra manifestar-se contra o governo. Eu tinha 11 anos de idade, mas 11 anos naquela época ainda era ser totalmente criança. Eu ainda brincava de bonecas, mas lembro de me vestir de preto em casa e querer pintar o rosto também, sabendo o motivo, apesar de não entender direito a força de tudo aquilo. Acho que isso foi essencial para todas as minhas decisões políticas até hoje e por querer sempre me informar do que realmente acontece nesse meio. Aprendi com meu pai a importância da participação na política como cidadão, através de seus ideais.

Está sendo ruim ser país sede de uma Copa Mundial? Pra ser sincera, neste exato momento, acho que não. Vejo as pessoas na rua, vejo a luta de quem quer um país melhor e vejo o brasileiro enfim, querendo honrar o seu hino - “verás que um filho teu não foge à luta” - me dá uma sensação de que as coisas afinal, podem melhorar. Eu que sempre fui contra uma copa no país, quando sabia que essa ideia não iria dar certo, pelo fato de ter a certeza que deixariam as necessidades básicas do povo ainda mais sucateadas do que já estavam, sabia que a roubalheira iria ser maior do que já era, principalmente com obras de infraestruturas, obras que todos sabíamos que teriam de ser feitas... Hoje vejo a grande importância de tudo isso para que o brasileiro enfim se cansasse de ser “feito de trouxa”.

Na época do Collor me lembro de ter ouvido alguém dizer que ninguém gosta de ser feito de trouxa..., feitos de trouxas sempre fomos, mas o Collor extrapolou os limites e por isso o povo foi à rua. E vencemos, mas continuamos sendo tratados como trouxas, aí, o povo mudou seu governo. Lembro-me mais uma vez, da euforia e esperança no dia em que o Lula ganhou as eleições para presidente. Assisti a apuração e como a um jogo de futebol, vibrei tanto quanto o gol da vitória final. Muita coisa melhorou isso é fato inegável, mas não paramos de sermos feitos de trouxas... O povo que antes andava calado, encolhido e aceitando, exceto por pequenos manifestos pessoais insatisfeitos com uma coisa ou outra, precisou de uma Copa do Mundo e um abusivo aumento de 0,20 centavos no transporte (e sim o aumento seria abusivo mesmo que fossem 0,1 centavos) pra enxergar novamente o tanto que o Governo extrapola os limites... E Acordou!

A mídia achava que poderia abafar e tentou ‘pintar’ todos os manifestantes de vândalos o que aumentou ainda mais a indignação do povo. A mídia aos poucos foi unindo-se ao povo, afinal este é o papel dela e mesmo que ela tente fugir disso, depois que o povo ganha a rua de verdade e hoje também com a internet é mais difícil distorcer os fatos.

A polícia tentou conter com violência, mas cada vez mais as pessoas estão indo para a rua, indignando-se da repressão e sabendo do fantasma que assombrou o país por 20 anos (de 1964 a 1984). O povo tem na memória o fantasma da ditadura, ditadura esta que por ironia, construiu estádios de futebol para distrair o povo brasileiro. Eu nasci na ditadura. Não quero e aposto que ninguém mais quer a sua volta. De maneira alguma e muito menos disfarçada de democracia. Não à repressão.

E viva o país do futebol... Pois até para acordar e lutar por nossos direitos o futebol teve de se fazer presente de alguma forma. O País da Copa, pretexto usado pelos governantes, que mais uma vez tentaram usar a euforia do futebol para distrair o povo, foi justamente esse, o maior motivo de sua gritaria. É, de vez em quando um tiro sai pela culatra.

* E que no futuro não seja mais preciso extrapolar limites para que o povo possa abrir os olhos. E não culpem apenas um membro do governo... pois o governo não é feito só de um e sim de vários...e todos são culpados.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Uma pessoa só consegue oferecer o que ela tem dentro de si.
O normal seria você receber na mesma proporção em que oferece, mas no mundo de hoje tem muita gente que não consegue oferecer o bem, então é mais fácil você ser bom e receber coisas ruins em troca.
Embora seja raro, de vez em quando você pode oferecer algo ruim e ter muita sorte de encontrar alguém tão bom que mesmo assim essa pessoa vai conseguir te dar algo de bom em troca.
O fato é que cada um é com o próximo o que carrega dentro de si mesmo.
O que me preocupa é que é preciso no mínimo haver um equilíbrio entre fazer o bem e receber o bem para que ninguém perca de vez o que tem de bom dentro de si, pois uma hora a fonte pode se esgotar.

Péssima =/

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ele tem os olhos apertadinhos e às vezes dá um sorriso com um jeito meio tímido.
Os olhos dele sempre me chamaram atenção, ele consegue mentir, mas o olhar dele não.
É carinhoso, interessante, engraçado, divertido...
Tinha mania de dar uma mordidinha de leve na ponta do meu nariz, ou de me fazer cócegas até eu rir extremamente alto.
Ele é daqueles que abraça amigos sem se envergonhar.
Tem o abraço mais gostoso que existe e o beijo mais atraente.
É sensível, mas esconde isso ao máximo que pode.
Ele tem um jeito só dele.
Sem perceber eu me apaixonei de novo por ele...
E olhe que meu coração nunca havia se deixado levar uma segunda vez pela mesma pessoa.
De todos que gostei ele foi o único que se encaixou perfeitamente no meu mapa astral...
Como se ele fosse a pessoa certa pra mim e se for mesmo nem sei.
Aos poucos meu dia volta ao normal, me acostumo com a distância, adormeço e até esqueço ele por uns tempos de novo...
Da última vez que nos despedimos ele disse: “A gente nunca mais vai se ver.”...
E eu respondi a única coisa que me veio na cabeça: “Quem garante?”...

Por você vou me despedir quantas e quantas vezes a vida deixar.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Deveria rezar um pouco menos e ser um pouco mais humano com as pessoas e um pouco mais coerente entre as palavras e atitudes. Deveria rezar um pouco menos e saber amar mais o próximo, aprender a estender a mão, a não enganar, saber perdoar, não julgar, ter compaixão... Rezar menos e ser mais... porque no final das contas eu creio que Ele lá em cima vai levar mais em consideração a tua capacidade amar e respeitar o próximo do que as vezes que colocou o joelho no chão.

domingo, 12 de maio de 2013

Eu sabia que aquele momento nunca deveria ter se repetido.
Mas confesso que foi mais forte que eu.
Então deixei acontecer e aproveitei cada segundo daquele dia que poderá ser o último que estive contigo.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Sabe quando você queria que todo passado tivesse sido diferente?
Pois é... ¬¬

terça-feira, 26 de março de 2013

-O pior é que eu gostava mesmo de lá.
-É, mas não adianta gostar de um lugar se esse lugar não gosta de você.

segunda-feira, 25 de março de 2013

"Parece que o mundo precisa sempre definir um lado bom e um lado mau da coisa. Dizer que não deu certo seria blasfêmia. Deu sim, certo demais, mas acabou. Senti na pele como uma confiança que leva anos para ser construída pode ser destruída em segundos. Eu agi com a minha maturidade emocional diante da dor. Assumi minha tristeza sem autopiedade e com humildade pra seguir em frente.O ruim é ser arrepender amargamente e ter que conviver com os fardos da sua consciência dia após dia. Graças a Deus, essa parte não ficou pra mim. Desapeguei do passado e ando trazendo coisas novas pra minha vida. Quando o novo chega, você entende finalmente a importância desse processo. E o futuro é bom... Não vou ficar lamentando dias perdidos na escuridão, não lamentem também."

Muito bom!

domingo, 24 de março de 2013

A vida cobra da gente decisões firmes, se você ficar na dúvida durante muito tempo, enrolando pessoas e/ou projetos, brincando de "vai e não vai" ela te mete em ciladas, bagunça tudo e te faz ficar sem nada. Porque a vida quer da gente pulso firme, quer que sejamos honestos com os outros e principalmente com nós mesmos e exige que a gente não se intimide. O mentiroso, o covarde e o medroso sempre acabam mal.
"Perco tempo e faço coisas que você parece nem notar
Tantos planos e outra vez eu vou embora sem saber o que falar"

terça-feira, 19 de março de 2013

As pessoas só esperam uma única oportunidade para que elas possam mentir.
Só se descobre uma pessoa capaz de pisar na gente ou não quando ela tiver chance pra isso.
As vezes é bom dar essa chance o quanto antes.

terça-feira, 12 de março de 2013

O que realmente importa não é se você sente muito por ter me feito chorar.
Além disso o mais importante é se você ainda tem capacidade de me fazer sorrir novamente.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Ironias da vida

Homens reclamam que mulher só gosta de quem tem carro e dinheiro, mas a grande maioria quando compra um carro ou tá com dinheiro na mão pensa "nas de mulheres que vai conseguir pegar agora" e mesmo sabendo que é por puro interesse e nada mais ficam com elas.

Cada um tem o que merece.

quarta-feira, 6 de março de 2013

é tanto vai e vem que agora estou preferindo que você se vá de vez




por mim tanto faz
eu fiz a minha parte

domingo, 3 de março de 2013

Disputas não são comigo, mentiras não são comigo, ansiedade é sentimento que eu não tenho estrutura pra sentir, aturar mudanças repentinas muito menos.
Gosto de intensidade, paixão, carinho, pedido de desculpas (quando necessário), gosto de amor, gosto de amadurecer junto com o outro, de entrega e coragem. E pra gostar de mim tem que ser com força sabe? De verdade e por inteiro, porque eu sou assim.
Recuperar confiança não é de um dia pro outro é preciso que aconteça os "fins" nas histórias, mal contadas ou mal começadas. É preciso tempo para recomeços se realmente for pra ser.
Por isso eu coloco um ponto final "na gente".
E meu bem não vou chorar por você, não vou ser mal educada, nem grosseira e nem perder meu juízo correndo atrás de ti.
Acabou e só me resta te deseja um boa sorte.
Não estou mais nem magoada contigo, nem com raiva pelos últimos dias turbulentos que me proporcionaste com esse seu vai e vem indeciso. Na verdade meu bem e hoje vou dormir com a consciência leve. Não há nada como saber que fizemos toda a nossa parte. Não há nada melhor que sair de uma história com a total ausência da culpa de ter feito algo errado, de não ter lutado, pois é justamente isso que as vezes nos prende tanto tempo a um outro alguém. E isso não é amor.
Hoje eu até que estou feliz. Feliz de saber que fiz a minha parte.
Boa sorte e seja feliz também.

Para quem continua achando que eu não mereço escrever isso e nem "me sentir assim" é mais inconveniente o seu julgar do que o meu sentir. Eu vivo. E saiba que se eu escrevo é porque gosto das frases criadas, gosto das palavras ditas em momentos marcantes e gosto de colocar para fora. Sou uma escritora fajuta. Sei disso, mas não me importo. Sou uma "poeta" para mim mesma. Só eu sei o quanto ganho e é um preço incalculável.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Só pra deixar registrado. Eu não vou te ligar, não vou correr atrás de você, não vou ficar colocando o que sinto por você aqui, nem em canto nenhum, não vou ficar procurando saber da tua vida e nem ficar chorando por você. Dessa vez não vou sofrer e muito menos deixar a tristeza me abater. Vou ser mais forte e eu estou decidida a isso. Vou agir certo, vou levantar a cabeça e seguir em frente com firmeza e educação.
Fiz tudo que eu poderia fazer por você. E em um relacionamento a gente só pode fazer o que cabe a gente. O que cabe ao outro é função dele.
Se você não me procurar mais vou apenas me convencer que não era pra ser você.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um das coisas que nos mantém de pé e felizes é a força que temos de lutar por aqueles sonhos em que a gente acorda e dorme pensando neles, sonhos em que a gente acredita que dará certo e  vai até o fim por eles. Mas quando a gente começa a sonhar algo muito difícil de realizar e mesmo assim a gente continua, a gente acaba abrindo uma pequena brecha pra infelicidade se alojar na nossa vida.
A infelicidade para mim cresce na frustração de um sonho que não se realizou e que ainda sente desejo de ser realizado. Aquela expectativa que permanece mesmo depois de tudo perdido.
A melhor cura pra isso é deixar que entrem outros sonhos em sua vida. Então não vá achar ruim quando eu substituir esse sonho por outro. Eu estou fazendo o que posso para ele se realizar, mas não posso, não quero e nem vou fazer sua parte também. Ela cabe a você.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

me maltrata e me mata em doses lentas de 'quases'

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Sabe o amor?
Ele nunca foi sentimento pra covardes.

É preciso coragem sempre.
Eu acordei bem cedo hoje, acordei muito cedo na verdade, sem motivo algum.
Para uma dorminhoca de carteirinha isso é um tanto estranho.

Eu deveria ter reparado de manhã que meu dia seria todo estranho mesmo.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

... quilômetros de distâncias separam menos que falta da certeza que dará certo...

sábado, 26 de janeiro de 2013

Existe uma lenda que diz:
Sempre que você vai embora de algum lugar se você olhar para trás seu coração ficará.

Eu vou, mas dessa vez quando eu voltar não olharei mais para trás e vou trazer meu coração de volta comigo.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Eu sempre achei desde criança que meu destino estava escrito nas estrelas.
Eu sempre senti, acreditei e esperei.
Algumas vezes foi muito difícil e me senti uma completa tola e outras vezes tudo se encaixou perfeitamente.
Hoje eu sei. Acredito. Para quem tem um lindo futuro escrito lá as dificuldades são só um mero detalhe.

Obs: Sim, continuo sendo uma criança.
"Deus sabe o que faz."

E eu continuo esperando o dia em que direi essa frase num tom de felicidade e não nesse tom triste que eu sempre tenho que dizer.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

As vezes as dificuldades aparecem não como um desafio pra você seguir em frente a todo custo poque a vitória vai recompensar, mas como um aviso pra você rever se vale mesmo a pena continuar tentando.
Ir em frente só por ego, orgulho e vontade de vencer não vai fazer muito bem pra você. Afinal perder também faz parte da vida e serve como aprendizado.
Se desgaste menos, porque assim como o que tem que ser será. O que não for pra ser também não vai acontecer de maneira alguma.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Então numa fração de segundos a esperança morre
Assim que já não há nada mais a perder.
Já que não pode-se matar o amor, ela fica realmente sendo a última a morrer.
Morre a esperança e começa no mesmo instante a nascer o conformismo.



:/ ;/
(impossível não estar)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Só existe uma maneira de ganhar e essa maneira é arriscando.
Do mesmo jeito que a gente pode ganhar arriscando a gente também pode perder.
Essa foi só mais uma vez que perdi, mas como só tem um jeito de ganhar vou ter que ter coragem de arriscar mais uma vez. Em uma próxima oportunidade. Quem sabe?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Eu nunca fui daquelas que sabem fingir não ligar. Nunca soube fingir sentir o que não sentia e muito menos fingir não sentir o que eu sinto. Não é de mim.
Sou exagerada, impaciente, impulsiva e insistente. E é exatamente por isso que estou só até hoje. Enquanto eu faço de tudo o cara fica lá achando que tem todo o tempo do mundo comigo. Me enrola, me esnoba, faz o que quer e nem me olha. Porém, eu me canso e na hora que me canso não tem Santo no mundo que dê jeito na minha vontade de deixar o dito cujo pra trás.
E pode apostar. Eu deixo mesmo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

As coisas parece que se encaixam para desencaixarem de novo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Eu posso ser feita de besta dez vezes, mas sempre vou acreditar no ser humano de novo a décima primeira vez. Estou fugindo de um mundo com teorias invertidas onde dizem que quem está errado é quem acredita e confia no outro e não quem engana. Não vou deixar de conhecer os 10% de pessoas que valem a pena por causa dos 90% que não valem nada.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Nunca brinque com os sentimentos de ninguém. As vezes a pessoa não é tonta. As vezes ela está apenas te dando inúmeras chances de mudar antes que ela comece a brincar com você também, pois tem consciência do estrago que pode fazer se resolver te devolver na mesma moeda.

#atenção

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O que importa na nossa vida não são os sentimentos que os outros fizeram nascer dentro da gente um dia mas sim os sentimentos que nunca deixarão morrer.