domingo, 13 de outubro de 2013

Você de repente me escreve dizendo que sente saudade e essa frase já não mexe comigo da mesma forma. Antes, passei horas com aquela sensação inexplicável, como se o mundo estivesse movimentando estrategicamente para me retirar ou me oferecer algo. A sensação se dissipou um pouco no momento em que meu celular fez o som e vi sua mensagem. Li de relance, não tenho mais tanta pressa, era tarde e eu sabia que não responderia de prontidão.
Penso um pouco no que li rapidamente, lembro nossa história, sinto um pouco e analiso acontecimentos e possibilidades. Algo ainda sobrevive, sei disso, mas não acredito que ainda funcione e penso que, mesmo que vingue, ainda assim, prefiro viver no meu agora, prefiro estar aqui.
Não sei ao certo se estou certa ou errada. Não sei se não me jogo por medo do teu descomprometimento ou se por falta de vontade mesmo. Nesse momento só me passa na cabeça uma frase já conhecida que diz "...o esforço pra lembrar é a vontade esquecer...".
Será? Não sei, mas de uma coisa tenho certeza. Te repondo mais por medo de estar errada, mais pelo medo das perguntas que podem vir futuramente na minha cabeça trazendo-me uma culpa de que poderia ter feito um pouco mais do que pela vontade em si que sinto de ti e da gente.
Enfim, te respondo, digo que também sinto saudade, destaco a palavra sempre. Não minto. Sinto realmente saudade. Mas não te quero mais. Só sinto saudade, uma lembrança, um carinho, uma história, algo que está no meu passado e talvez seja exatamente esse o seu lugar.

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